quinta-feira, 9 de julho de 2009

Novo pardigma da educação

Acredito que o novo paradigma da educação é capacitar o professor para, além de transmitir o conteúdo pedagógico, ser também um orientador. A partir do momento em que o professor revê sua postura e muda sua conduta, o aprendizado pode ser bastante pessoal, porque depende do psicológico e fazem parte do psicológico a motivação ou a indiferença para aprender, a facilidade ou a dificuldade de compreender a informação, a capacidade de transformação da informação em conhecimento e o nível cultural e de conhecimento prévio. Somos todos iguais, circunstancialmente, um sabe mais que o outro sobre determinado assunto, mas assim que ensina e o outro aprende, o saber torna-se um bem comum e este deve ser o objetivo maior em nossas escolas.
Pensar e sentir são ações indissociáveis. De acordo com Piaget, não existem estados afetivos sem elementos cognitivos, assim como não existem comportamentos puramente cognitivos. Quando discute os papéis da assimilação e da acomodação cognitiva, afirma que esses processos da adaptação também possuem um lado afetivo: na assimilação, o aspecto afetivo é o interesse em assimilar o objeto ao self (o aspecto cognitivo é a compreensão); enquanto na acomodação a afetividade está presente no interesse pelo objeto novo (o aspecto cognitivo está no ajuste dos esquemas de pensamento ao fenômeno). Nessa perspectiva, o papel da afetividade para Piaget é funcional na inteligência. Ela é a fonte de energia de que a cognição se utiliza para seu funcionamento. Vygotsky também tematizou as relações entre afeto e cognição, postulando que as emoções integram-se ao funcionamento mental geral, tendo uma participação ativa em sua configuração. Reconhecendo as bases orgânicas sobre as quais as emoções humanas se desenvolvem, Vygotsky buscou no desenvolvimento da linguagem - sistema simbólico básico de todos os grupos humanos -, os elementos fundamentais para compreender as origens do psiquismo. Na perspectiva de Henri Wallon, inteligência e afetividade estão integradas: a evolução da afetividade depende das construções realizadas no plano da inteligência, assim como a evolução da inteligência depende das construções afetivas.
Trabalhar pensamentos e sentimentos, requer dos profissionais da educação a disponibilidade de seguir por novos campos de conhecimento e da ciência para conquista de uma educação integral. Exige coragem para enfrentar o desafio, buscar novas teorias e abrir mão de verdades há muito estabelecidas em nossa mente. Só assim acontecerá avanço da educação e o resultado a longo prazo de muitos “Teddys” que encontraremos no futuro!

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