A timidez é uma característica da personalidade. Em algumas pessoas, ela é mais acentuada; em outras, só aparece em momentos em que é necessário se expor. É considerada natural quando a criança é exposta a uma situação onde será avaliada, observada, quando precisa fazer algo pela primeira vez, e se sente insegura, também denominada “vergonha”. Este tipo de timidez, não atrapalha o desenvolvimento infantil e pode ser trabalhado pelos pais e professores.
Todos os graus de timidez podem ser vistos no comportamento de todas as pessoas, em algumas mais acentuados, em outras menos. Existem, assim, crianças sempre calmas, facilmente tratáveis, agindo de modo que não precisam ser constantemente corrigidas, qualificadas habitualmente de muito obedientes e que conservam, no entanto, uma possibilidade de contato com as outras crianças: brincam ou trabalham com prazer, conversam quando procuradas, respondem e correspondem nos relacionamentos.
Já a timidez em excesso é aquela que impede a criança de realizar alguma tarefa oral ou desenhos, atividades de criação e de se relacionar com outras crianças. A timidez é prejudicial quando passa a ser uma barreira, um empecilho para a realização de conquistas e resoluções de problemas, quando afeta a sociabilização. Neste caso, torna-se necessário procurar ajuda da escola e de profissionais que cuidam da educação e do comportamento humano.
O que não podemos, é ignorar fatos. O olhar clínico do professor precisa ser valorizado, levado em conta pela importância da convivência diária, fora do âmbito familiar. Considerar que a escola é uma importante “sociedade” infantil e cuidar para que o desenvolvimento das crianças neste lugar seja pleno, é responsabilidade de todos os adultos envolvidos.
Cabe a escola e a família a comunicação e ação em favor de que a timidez, excessiva ou não, seja vencida.