Os verbos e muito menos os artigos são consideradas palavras desnecessárias na leitura devido a um problema de contraste de concepções, porque a criança supõe que todas as palavras ditas não precisam ser escritas a não ser que se tratem de pessoas, animais ou objetos e que a ordem destas palavras, não importa, porque não altera o significado.
Na evolução das idéias sobre a escrita a idade conta menos que o tempo de participação em situações e atividades em que a escrita está presente, direta ou indiretamente.
A alfabetização não é mero processo de natureza perceptual, é mais que isto, é um processo de natureza conceitual.
As crianças em situação de leitura, inicialmente demonstram dificuldade de percepção da separação entre as palavras do texto, como compatibilizar as partes do enunciado oral que elas acham que devem estar escritas e a quantidade de segmentos gráficos que encontram no texto. Não há dificuldade perceptual, há conflito para interpretar o escrito.
Há duas hipóteses importantes sobre a leitura que as crianças precisam resolver:
1- Nem tudo o que se lê precisa ser escrito de forma independente;
2- Existe uma quantidade mínima de letras (em torno de três) exigida para considerar algo adequadamente escrito.
É importante oferecer aos alunos, oportunidades de defrontarem-se com textos nos quais ela sabe o que está escrito, oportunidades de pensar sobre a escrita, elaborar hipóteses, testá-las, reconstruí-las progressivamente, incentivando o progresso na escrita e leitura.
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