quarta-feira, 28 de julho de 2010

BRINCAR É COISA SÉRIA




A criança não é um adulto que ainda não cresceu. Ela tem características próprias. Para alcançar o pensamento adulto (abstrato), ela precisa percorrer todas as etapas de seu desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional. Seu primeiro apoio nesse desenvolvimento é a família. Posteriormente, esse grupo se amplia com os colegas de brincadeiras e a escola.
Brincando, a criança desenvolve potencialidades; ela compara, analisa, nomeia, mede, associa, calcula, classifica, compõe, conceitua, cria, deduz etc…
Sua sociabilidade se desenvolve; ela faz amigos, aprende a compartilhar e a respeitar o direito dos outros e as normas estabelecidas pelo grupo, e a envolver-se nas atividades apenas pelo prazer de participar, sem visar recompensas nem temer castigos. Brincando, a criança estará buscando sentido para sua vida. Sua saúde física, emocional e intelectual depende, em grande parte, dessa atividade lúdica.



Etapas

O brincar também tem suas etapas de desenvolvimento. A criança começa a brincar sozinha, manipulando objetos. Posteriormente, procurará companheiros para as brincadeiras paralelas (cada um com seu brinquedo). A partir daí, desenvolverá o conceito de grupo e descobrirá os prazeres e frustrações de brincar com os outros, crescendo emocionalmente.

Brincar em grupo evita que a criança se desestimule, mesmo quando ainda não sabe brincar junto. Ela aprende a esperar sua vez e a interagir de forma mais organizada, respeitando regras e cumprindo normas. Com os grupos ela aprende que, se não encontrarmos uma forma eficiente de cooperar uns com os outros, seremos todos prejudicados. A vitória depende de todos. Aprende-se a ganhar e a perder.


A atividade lúdica produz entusiasmo. A criança fica alegre, vence obstáculos, desafia seus limites, despende energia, desenvolve a coordenação motora e o raciocínio lógico, adquirindo mais confiança em si e aprimorando seus conhecimentos.

Escolhendo os brinquedos

Veja algumas indicações que podem ajudar a escolher os brinquedos:

• Interesse
É o brinquedo que convida a brincar, que desafia seu pensamento.

• Adequação: 
Deve atender a etapa de desenvolvimento em que a criança se encontra e suas necessidades emocionais, sócio-culturais, físicas e intelectuais.

• Apelo à imaginação: 
Deve estimular a criatividade e não limitá-la.

• Versatilidade: 
O brinquedo pode ser usado de diferentes formas, explorando a inventividade.

• Composição: 
As crianças gostam de saber como o brinquedo é por dentro.

• Cores e formas: 
O colorido, texturas e formas diferentes a estimulam sensorialmente.

• Tamanho: 
Deve ser compatível com sua motricidade (quanto menor a criança, maiores serão as peças do brinquedo).

• Durabilidade: 
Brinquedos muito frágeis causam frustração não somente por que se quebram, mas também porque não dão à criança tempo suficiente para estabelecer uma relação com eles.

• Segurança: 
Este é um dos mais importantes itens na escolha de um brinquedo. Deve ser feito de tinta atóxica, sem pontas e arestas nem peças que possam se soltar.

Quanto à brincadeira 

• Dê tempo para que a criança possa explorar o material, deixando que ela tente sozinha, mas estando disponível se precisar de ajuda.
• Estimule sua auto-estima; faça com que ela se sinta capaz de aprender, dando-lhe o tempo que precisar.
• Encoraje suas manifestações espontâneas, permita que ela tome a iniciativa.
• Introduza propostas novas, estimulando a resolução de problemas.
• Escolha brinquedos adequados ao nível de desenvolvimento e interesse da criança.
• Aumente a dificuldade se notar que o jogo está fácil demais e reduza-a se estiver além de seu entendimento.


E lembre-se: quando apresentar um brinquedo a seu filho, demonstre interesse. Uma caixa vazia, dependendo de como lhe for apresentada, poderá virar uma casa, um barco, um carro, uma torre, uma cama de bonecas, um fogão... ou, simplesmente, uma caixa vazia.


domingo, 11 de julho de 2010

FÉRIAS E FILHOS !!


Férias escolares sempre trazem dúvidas aos pais. Ao contrário do que acontece durante o período de aulas, agora, o filho passa a ter todo o tempo livre. Qual é a melhor opção para ocupar os “anjinhos”? Colocá-lo em cursos e atividades físicas ou reservar um tempo para ele descansar? E o "problema" se agrava ainda mais se você não consegue tirar férias do trabalho na mesma época.

Muitos pais recorrem à tradicional colônia de férias. Outros optam por deixá-los em casa com uma empregada ou babá, mandá-los para casa de parentes, vizinhos e coleguinhas ou matriculá-los em cursos de férias que desenvolvam o potencial artístico. Há também os quem dão uma fugidinha do trabalho e levam o pimpolho para os diferentes programas que estão acontecendo na cidade.

Uma coisa é certa: é preciso muita criatividade para fazer bom uso desse tempão livre! "Se eu estou trabalhando, deixo meu filho com minha mãe ou na casa de amiguinhos e tento almoçar com ele todos os dias. À tarde, quando saio do trabalho, penso em programas educativos. Pode até ser um joguinho em casa que eu invento de última hora", diz Marina Oliveira, empresária, mãe de Lucas, de seis anos.

De acordo com a psicóloga Denise Arduim, é importante que os filhos tenham tempo livre nas férias. "A criança e o adolescente ficam tão sobrecarregados com cursos e compromissos que não sobra tempo para brincar e ser criativo. Isso pode levá-los ao estresse”, alerta.

As vontades e opiniões dos filhos devem sim ser levados em conta, mas não devem predominar sempre. "Deve haver concessões de acordo com as limitações de cada idade. Uma criança de cinco anos pode de vez em quando, decidir que roupa vai vestir, mas não para onde vai durante as férias", completa a psicóloga. O ideal é que os pais vejam o comportamento do filho. Não adianta querer colocá-lo numa aula de teatro, por exemplo, se ele morre de vergonha de tudo e de todos. Essas decisões têm que ser tomadas junto com a criança.

Atividades esportivas também são uma boa opção para as férias. Além de ocupar o tempo dos filhos, os exercícios cansam e pedem descanso depois. O diretor de Educação Física da Universidade Paulista Roberto Toledo destaca esportes como o futebol, vôlei e basquete. "Essas atividades promovem a integração e estimulam o convívio em grupo: os que têm habilidade no esporte são da mesma equipe que os gordinhos", diz o diretor. Segundo ele, desta forma, todo mundo compartilha a vitória ou a derrota de forma igual e justa.



Ana Paula Lima e Daniela Noyori/ Redação Terra




Estamos curtindo as férias juntos, então montamos um programa que contou com a participação do Yuri e da Lara.

Ficamos a primeira semana na praia, sem horários pra nada e com um cardápio recheado de gulosiemas.

Na segunda semana, ficamos em casa. Aproveitamos os brinquedos que temos como jogos, bonecas, carrinhos... O único compromisso foi brincar!

Esta é a terceira semana, estamos em Campos de Jordão e a cada dia, combinamos uma atividade diferente:

-Segunda-feira: Caça ao tesouro,

-Terça-feira: Exploração ecológica (vamos fazer uma caminhada e fotografar plantas, bichinhos diferentes pra montar um álbum, pesquisando nomes e características...),

-Quarta-feira: Borboletário de Campos,

-Quinta-feira: Passeio de Maria-Fumaça,

-Sexta-feira: Cinema

-Sábado: Passeio com o Papai!!

-Domingo: Volta pra casa...


A última semana, ficou para os avós (de São Paulo e Guarujá).


Abração e... boas férias!!


quarta-feira, 7 de julho de 2010

FAMÍLIA E AFETIVIDADE





O nosso mundo mudou e mudou junto a estrutura familiar. Não consigo definir se as famílias mudaram porque o mundo mudou, ou o contrário. Fica parecendo a discussão da Tostines!

Fato é que os núcleos familiares sofreram alterações em sua estrutura e composição. Aquela família antes numerosa, composta de pai, mãe e muitos filhos, ás vezes passando da conta dos cinco, perdeu tamanho ao longo dos anos.

A família também mudou em sua estrutura, hoje temos famílias com filhos ilegítimos, dois pais ou duas mães, pais solteiros, mães solteiras, avós ou outros parentes que são legalmente nomeados pais. O que não há como negar, é que a nova tendência da família moderna é a sua composição baseada na afetividade.

Como definir a afetividade? Segundo Vygotsky, a afetividade é concebida como o conhecimento construído através da vivência, não se restringindo ao contato físico, mas à interação que se estabelece entre as partes envolvidas, na qual todos os atos comunicativos, por demonstrarem comportamentos, intenções, crenças, valores, sentimentos e desejos, afetam as relações e, conseqüentemente, o processo de aprendizagem. Perceber o sujeito como um ser intelectual e afetivo, que pensa e sente simultaneamente, e reconhecer a afetividade como parte integrante do processo de construção do conhecimento, implica um outro olhar sobre a prática pedagógica, não restringindo o processo ensino-aprendizagem apenas à dimensão cognitiva.

Segundo OLIVEIRA (2002, p. 233), a afetividade, traduzida no respeito de cada um por si e por todos os membros — a fim de que a família seja respeitada em sua dignidade e honorabilidade perante o corpo social — é, sem dúvida nenhuma, uma das maiores características da família atual.

O importante é considerar a posição que uma pessoa ocupa dentro de um núcleo familiar, seja lá qual for essa estrutura.

A formação de uma pessoa depende definitivamente da experiência afetiva familiar. Cuidados físicos e materiais garantem a sobrevivência e o crescimento infantil, mas só o envolvimento afetivo pode proporcionar a um filho a oportunidade de desenvolver a capacidade de se relacionar com outras pessoas além da família.

Os maiores e piores problemas de indisciplina escolar, são causados por falta de afetividade familiar. Crianças carentes e desvalorizadas no núcleo familiar, são agitadas, inquietas, irritadiças e agressivas no núcleo escolar.

Por falta de tempo, por estilo de vida que impõem ausência dos pais ou responsáveis, muitas crianças estão crescendo sem experimentar o valor de um beijo, um abraço, de um programa juntos como uma viagem, um passeio de final de semana, sem capacidade de compartilhar, se compadecer, cooperar, agir com gentileza.

Faça você mesmo um exercício de memória, tente lembrar de fatos da sua própria infância. Você vai descobrir que só se lembra do que esteve ligado a algum tipo de afetividade, ou da falta desta.

A família é a primeira sociedade da criança e inegável é que o afeto encontra-se presente nas relações familiares tradicionais ou não, sendo caracterizadas no tratamento mútuo entre os adultos e as crianças, que se vinculam não só pelo sangue, mas por amor e carinho.

Uma grande ocupação da família deve ser a manutenção de um cotidiano de cooperação, respeito, cuidado, amizade, carinho, afinidade, atenção recíproca entre todos os seus membros. Uma criança para quem se dispensa tempo e atenção terá seguramente bom desempenho escolar e bom desenvolvimento social.

Invista na afetividade!

 

Dica da Semana!

É sempre bom ser legal com as pessoas, porque...



as coisas mudam ao longo do tempo...


"Nunca desvalorize ninguém...

Guarde cada pessoa perto do seu coração, porque um dia você pode acordar e perceber que perdeu um diamante enquanto estava muito ocupado colecionando pedras."

"O acaso decide quem vamos encontrar na vida... as atitudes decidem quem fica ..."
 
 
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